sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Em Memória de Newt (para Newtmas Shippers)

Please, Tommy, please!
 Thomas estava sentado à beira de  um rio. Sua mente cheia de pensamentos, nos quais torturavam seus sentimentos e esfaqueavam seu coração. Que saudade ele sentia! Ele pensava em como seria se Newt estivesse ali na beira do rio com ele, conversando sobre o passado, o presente e o futuro. 
 Tantos momentos bons eles tiveram juntos na Clareira. Newt mostrou-lhe um lado que nem ele próprio conhecia. A cada toque delicado, olhar e demonstração de sentimentos. É, sentimentos, foi o que Newt fez: despertou um forte sentimento em Thomas, no qual ele mesmo não conseguia explicar. Ele achava que tudo estaria bem, que iriam devolvê-los suas memórias e que tudo estaria resolvido. Que iriam curar toda a humanidade e tudo estaria bem, mas isso não teve a mínima chance de acontecer. Pra falar a verdade, Newt que achava que tudo estaria bem, Thomas nem mesmo pensou sobre isso. Agora estava ali, sentado à beira de um rio sossegador, só ele e seus pensamentos. Pensamentos, lembranças e saudades, era tudo o que ocorria naquele momento. O que seria da humanidade agora? Eles teriam de ser obrigados a procriar? E depois, o que aconteceria? E se os Cranks descobrissem o lugar onde eles estão? Eram tantas coisas a pensar, mas Thomas não queria mais se preocupar sobre isso, sua mente estava ocupada demais relembrando-se de Newt, que acabara o deixando por vontade própria. Que obrigara Thomas a fazer o que fez. E como ele se culpava! 
 Daria tudo por mais alguns minutos com Newt, mas quando lembrava-se do som que cortava o ar - o som do disparo da arma - , seus pensamentos eram interrompidos pelas lágrimas que escorriam sobre seu rosto.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Laís Levou Meu Nariz, Eu Acho

 - Laís levou meu nariz, eu acho.
 Eu me lembro perfeitamente daquele dia: era uma linda tarde de outono. A brisa delicada chacoalhava as folhas das árvores do quintal. Eu e meu irmão mais velho estávamos brincando de pega-pega, então surge a coisa mais monstruosa de todas as coisas do mundo: a tia Laís! Ela era a gorda mais gorda, nojenta e chata de todas! O que eu e meu irmão fizemos? Corremos para dentro de casa! Nos refugiamos na sala - embora não fosse o melhor lugar para se esconder - . A campainha tocou e mamãe atendeu. Eu sei que, assim como nós, mamãe odiava aquele ser repulsivo. Ela vivia dizendo para papai "como você aguentou anos sendo irmão daquela mulher?". 
 Depois de um tempo conversando na porta de entrada, tia Laís perguntou para mamãe "agora eu não posso mais entrar na casa do meu irmão?". Mamãe ficou constrangida, e logo deixou a gorda entrar. A tia entrou em casa. Esse era o momento em que eu e meu irmão não poderíamos dar nem um pio! Não queríamos ir para nosso quarto, pois isso faria a tia Laís ir lá e reclamar da bagunça, então ficamos pela sala mesmo. Para nosso azar, Laís foi exatamente na sala, onde estávamos. Ela abriu os braços e um sorriso horrível - com aqueles dentes amarelos e repugnantes - , e avançou em nossa direção. Primeiramente, ela apertou as bochechas do meu irmão e disse:
 - Como você cresceu, meu doce! Já está virando um homenzinho! 
 Para meu azar, ela logo partiu para mim, é claro. Ela fez uma coisa muito estranha. Quer dizer, na época me pareceu estranho, pois eu era muito jovem. Meu irmão deve ter rido muito, pois os poucos anos que ele tem de diferença de mim devem tê-lo feito entender a piada. Enfim, Laís avançou em mim com o dedo indicador e médio, indo em direção ao meu nariz. Ela o apertou, puxou e disse: 
 - Que menininho lindo! Peguei seu nariz!
 O que eu fiz? Saí correndo com as mãos no nariz e gritando:
 - Mamãe!!! Laís levou meu nariz! Laís levou meu nariz!
 Minha mãe, que estava na cozinha, virou, limpou as mãos no avental, me olhou e disse:
 - O que você quer dizer querido?
 - Laís levou meu nariz! Laís levou meu nariz... eu acho - eu respondi.
 - Muito engraçado amor, agora vá lá fazer companhia para sua tia.
 - Mas, mãe! Ela levou meu nariz!
 Claro que eu tive que voltar lá...
 Aquele dia inteiro eu continuei com as mãos no nariz, e com medo de tudo que aquela gorda fazia.